A comercialização do café se revela uma ótima oportunidade no agronegócio. O Brasil, é o maior exportador do setor e o segundo país no ranking de maiores consumidores da bebida.
Em meio a todos os problemas enfrentados pelo país no que tange uma agricultura sustentável e uma pandemia global administrar a fazenda e ter lucratividade é um desafio cada vez maior.
Pensando nisso você deve se preparar para os atuais preços do café e saber qual o preço da sua saca. Seu lucro e uma boa comercialização dependem desses fatores.
Continue a leitura e veja como está o cenário atual do mercado de café e estratégias de comercialização para garantir seus lucros!
COLHEITA E A PANDEMIA
Ao contrário do que se imaginava, a pandemia da COVID-19 não prejudicou o mercado do café. E além disso, o clima brasileiro ajudou em todas as etapas da formação dos grãos neste ano, alegrando os cafeicultores.
Segundo o USDA, que é o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a temporada 2020/2021 deve atingir uma produção de 176,1 milhões de sacas de 60 quilos, considerada uma produção recorde.
E o primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deste ano, aponta que serão colhidas entre 57,2 e 62 milhões de sacas, uma das maiores produções da história.
Por fim, o preço do café no mercado interno subiu quase 50% entre o final de setembro de 2019 e a primeira quinzena de abril de 2020.
Agora está nas mãos do produtor calcular seus custos e negociar seus lucros. Todo planejamento e informações desde o plantio até a colheita precisam ser analisadas. É nesse momento que o produtor confere sua lucratividade.
Muitos produtores usam as negociações futuras para garantir preço. E com as cotações vantajosas em reais, o cafeicultor de fato está aproveitando mais, especialmente com o governo sinalizando taxas de juros mais baixas.
Já no movimento dos compradores, a demanda externa está mais agressiva no spot (no mercado spot ou mercado à vista realiza se operações que são concretizadas na hora, ou seja, a transferência de recursos e da mercadoria é realizada de forma imediata), especialmente com o problema do coronavírus.
VOLATILIDADE E ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO
O café é um dos itens mais valorizados na economia nacional, e o Brasil é considerado o maior produtor, segundo a ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café).
É também um dos produtos mais voláteis comercializados mundialmente. Os motivos desta volatilidade de preços estão relacionados a diversos fatores, entre eles fatores não sistêmicos, fatores inerentes ao próprio mercado e a alterações no cenário econômico mundial.
O clima, como um fator não sistêmico pode causar alterações drásticas na produção que impactam diretamente na oferta do produto e consequentemente no seu preço de mercado.
Desta forma, os preços de mercado não são constantes e sim, variáveis. O que torna a operação nestes mercados arriscada caso não sejam utilizadas estratégias que visem ao mínimo assegurar o investimento.
RISCOS DAS ATIVIDADES AGROPECUÁRIAS
As atividades agropecuárias apresentam riscos mais elevados em relação às outras atividades econômicas, pois sua cultura está baseada em eventos pouco ou nada controláveis, como as condições climáticas
Existem dois riscos básicos aos quais estão sujeitas toda atividade agropecuária:
- o risco de produção ou risco de tempo, que se baseia em questões climáticas como possibilidades de chuvas e geadas;
- e o risco de preço que está relacionado ao mercado, ao momento da comercialização
Considerando estes riscos faz-se necessário o uso dos mercados futuros como meio de operar com mais segurança e assim equilibrar financeiramente estas variações.
Veja então, de que forma as operações no mercado futuro influenciam a comercialização interna e externa do produto e que formas de proteção podem ser adotadas para assegurar as margens de lucro assumidas e manter o preço competitivo frente às mudanças de cenário do dólar e da pandemia.
MERCADO FUTURO E MERCADO FÍSICO
MERCADO FUTURO:
O mercado futuro é um compromisso de fazer ou receber entrega de uma commodity, em horário e local de entrega específicos no futuro.
- No mundo a bolsas de valores que negociam café.
- No Brasil a BM&F Bovespa negocia futuros de café.
MERCADO FÍSICO:
Por definição, mercado físico é basicamente a troca de produto físico por dinheiro, uma vez que se trata de uma troca imediata. É também chamado de mercado disponível ou spot (esse último termo normalmente usado em bolsas de mercadorias).
- Ambiente de comercialização do produto;
- Pode ser negociado em Santos (exportação) ou nas regiões produtoras;
- Exportadores são os principais compradores de café;
- Vendedores: produtores, maquinistas ou cooperativas.
COMERCIALIZAÇÃO: TROCAS E VENDAS
A hora mais aguardada para produtor é o retorno econômico. Porem, para que isso se torne realidade é necessário buscar melhores oportunidades de negócios para a safra de café, portanto deve-se garantir um produto que seja competitivo no mercado, ter acesso às informações de preço, canais de comercialização e conhecer as formas de venda do produto.
Para que o agricultor tenha mais poder de negociação e consiga agregar valores à produção é bom que se junte a outros agricultores em Associações ou Cooperativas. Isso facilita as operações de beneficiamento e comercialização solidária e melhora a expectativa de lucro.
Existem várias formas de negociar uma produção, no entanto, para a venda do café, apenas 3 são realmente importantes:
1- Venda FOB, é aquela, onde o vendedor entrega o produto na porta do armazém, deixando toda responsabilidade de segurança e transporte do produto por conta do comprador. FOB é uma sigla inglesa para = Free on board – livre a bordo.
2- Venda CIF, é quando o vendedor se responsabiliza pela entrega do produto no armazém do comprador, assumindo todos os riscos e despesas como seguro e frete de operação. CIF é a sigla inglesa para = Cost insurance and freight.
3- Venda Ex works, significa que o vendedor cumpre suas obrigações de entrega quando colocada a mercadoria nas dependências do comprador,ou seja, a bordo do meio de transporte. Em todas estas formas de venda o contrato estabelece classificação do produto local e data de entrega.
ESTRATÉGIAS COM O USO DE HEDGE
Uma estratégia indicada para proteção contra os riscos na comercialização do café e contra oscilações de preço é o hedge. Que nada mais é do que uma forma de garantia de preços tanto de compra ou de venda para que ao final da operação, de acordo com a oscilação do mercado não se tenha lucro, mas também não se tenha prejuízo.
Utilizar ferramentas como hedge colaboram para tornar a organização mais dinâmica e menos suscetível às variações mercadológicas e mudanças de cenário.
ESTRATÉGIAS COM O USO DE BARTER
Trocar sacas de café por insumos é bom negócio. Cada vez mais disseminadas no agronegócio, as operações de barter são uma alternativa aos produtores para evitar os altos juros bancários na contratação de empréstimos destinados à compra de insumos. A tradução do termo em inglês significa “permuta” ou “escambo”. Por meio desta modalidade, o produtor paga pelos insumos com sacas do produto que será colhido. A Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav) estima que o negócio corresponde a 30% da receita das empresas do setor no país.
COMO SABER O PREÇO DA SUA SACA DE CAFÉ?
Como a produção de café é um investimento a longo prazo, é necessário manter todas as informações de custos e despesas desde o plantio para relacionar os custos da produção e projetar um lucro no momento da venda.
Para precificar sua safra é preciso calcular:
- Custo Fixo: salários, aluguel, financiamentos e despesas administrativas;
- Custos Variáveis: insumos (adubo, sementes) e despesas com combustível, e reparos.
Os custos da lavoura é a soma de todos os recursos utilizados no processo de produção da atividade agrícola, ou seja, todos os custos envolvidos para produzir a safra.
No entanto, mesmo sabendo o valor da sua saca, devido à volatilidade dos mercados é impossível prever o preço que será praticado no momento da venda.
Para se proteger desse risco é que os mercados futuros são utilizados. Usados como forma de estabilização de preços, proteção de riscos, redução de custos e maior controle e planejamento contra os efeitos adversos das variações de mercado
Em todo o mercado, a base para precificação do café se relaciona diretamente à evolução das cotações que são monitoradas diariamente nas bolsas de valores. Estas cotações oscilam a todo o momento e, portanto, um negócio aparentemente lucrativo pode tornar-se prejuízo em questão de segundos.
Contar com um software de gestão minimiza esses riscos, pois, com todas as informações e valores da sua produção em mãos fica mais fácil tomar decisões assertivas na hora da venda do produto.
SOFTWARE DE GESTÃO
O planejamento da safra ganha ainda mais importância em tempos de pandemia global, o que impõe restrições ao fluxo de trabalhadores e funcionamento da fazenda.
Para evitar problemas, o cafeicultor precisa realizar uma boa etapa de pré-colheita. E de objetivo de garantir que os trabalhos da colheita não atrasem, ou sejam interrompidos por imprevistos.
Ao se analisar a participação do Brasil no mercado internacional e na produção de café, aliada à importância econômica destas atividades, percebe-se a necessidade de cada vez mais fazer uso de ferramentas modernas, que proporcionem a expansão dos negócios e deem suporte ao produtor.
Nenhum produtor dorme sossegado sem saber os números da sua fazenda. E para sobreviver no mercado atual, é necessário que o produtor saiba os custos reais da sua lavoura.
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