A poda do café é uma ação importante no manejo do cafeeiro e aumenta até 30% sua produtividade.
Deve ser planejada, analisando idade e produção da lavoura para saber se a planta irá responder bem ao corte. O momento correto de se realizar a poda é muito variável, depende da cultivar, do clima, região e também das condições financeiras do cafeicultor.
Sobretudo, o tipo de poda também irá interferir nos manejos realizados nas lavouras, assim como o momento correto de se realizar cada atividade. Portanto, recomenda-se que seja usada para resolver problemas de safra, restaurar produção e corrigir mudanças nas plantas causadas por acidentes climáticos.
Continue a leitura e confira, os tipos de podas, algumas dicas para auxiliar nesse manejo do café e como mantê-lo produtivo por mais tempo!
PODA DO CAFÉ
A poda do café geralmente acontece entre o final da colheita e inícios das chuvas, ou seja, entre Junho e Setembro. É neste momento em que o cafezal recupera suas forças para a próxima florada.
As podas são amplamente utilizadas na cafeicultura, e na maioria das vezes, como uma das melhores ferramentas para auxiliar o cafeicultor na renovação das lavouras cultivadas. Sabe-se que existem vários tipos de podas, cada quais com seus objetivos e particularidades.
É utilizada com o objetivo de gerar brotos, aumentar a perspectiva da safra para o ano seguinte e reduzir problemas visando menores custos no manejo. Mas, se for realizada de maneira irregular levará a perdas na produção.
Ela promove a facilidade da entrada de luz e areação nos cafezais, sendo, muito eficiente para floração e proteção da lavoura contra pragas e doenças que são dadas através da umidade que é gerada entre os galhos. Também, fica mais fácil o controle de doenças causadas pelo solo, pois, o sol é um fator que colabora demais com a proteção das plantas.
Antes de realizar a poda é preciso levar em consideração se as plantas irão responder bem. Deve-se analisar a altura das plantas, a quantidade de hastes, a idade das plantas, tudo isso para garantir a reação positiva de sua lavoura. Pois, se ela estiver velha e danificada, é indicado o replantio dos pés combinado com a poda, assim, os resultados de sua produção não serão afetados.
TIPOS DE PODA
O produtor deve entender qual é a necessidade e determinar o tipo de poda que o cafezal precisa, e a partir de então tomar a decisão mais coerente com sua situação. São vários tipos de poda que podem ser praticadas na lavoura cafeeira:
- Podas leves: desponte e decote
- Podas drásticas: recepa e esqueletamento
A decisão pelo tipo de poda será em função da avaliação técnica, econômica e operacional.
DESPONTE: Semelhante ao esqueletamento, com a diferença de que é realizada mais distante do tronco, em torno de 60 cm a 70 cm serve para estimular a emissão de ramos produtivos, pois, há aumento da área produtiva da planta.
DECOTE: O decote é um tipo de poda alta, leve, que ocasiona a eliminação do terço superior do cafeeiro. É recomendado para lavouras em vias de fechamento e também com a copa depauperada. Também é utilizado para viabilizar a colheita mecanizada, por meio da redução do porte da lavoura, e em caso de ocorrência de geada de capote e faísca elétrica.
RECEPA: A recepa é uma poda baixa, drástica, que promove a renovação quase total da estrutura vegetativa dos cafeeiros. Geralmente é utilizada em lavouras atingidas por severas geadas e lavouras depauperadas. Há dois tipos de recepas:
- Baixa (sem pulmão), onde toda a estrutura vegetativa é eliminada e a altura do corte varia de 20 a 40 cm.
- Alta (com pulmão), sendo mantidos os primeiros ramos plagiotrópicos inferiores, onde a altura de corte varia entre 50 e 80 cm.
O corte no ramo ortotrópico deve ser realizado em bisel, evitando assim o acúmulo de água no tronco.
ESQUELETAMENTO: É um tipo de poda que faz juiz a nome, deixa um “esqueleto” no centro do pé de 30cm a 40 cm, para que deles brotem vários outros galhos gerando uma boa produção.
OUTROS TERMOS
Além dessas podas é comum na lavoura cafeeira a utilização de outros termos como:
Poda de formação: consiste na remoção de ramos que surgem no troco do café, realizada nos primeiros anos de vida do café, tem como objetivo manter a planta forte, com uma boa estrutura.
Desbrotas: é a retirada dos brotos para manter a longevidade das plantas, facilitando o processo de fotossíntese, transpiração e respiração da planta. Os brotos formam competição, como drenos e prejudicam o crescimento. Geralmente são efetuadas quando os brotos atingem cerca de 20 cm, mantendo de 2 a 4 hastes.
Safra Zero: consiste na adoção de um programa de podas cíclicas, realizadas bienalmente, ou seja, de dois em dois anos. Este sistema de condução da lavoura consiste em duas etapas, sendo uma primeira por meio da realização do esqueletamento, e a segunda e posterior etapa, com a realização do decote.
VANTAGENS DA PODA NA LAVOURA
As vantagens de realizar a poda em sua lavoura são refletidas no seu cotidiano sendo visível a diferenciação no manejo do café, e expressadas com mais vigor durante da colheita.
Também há resultados notáveis em aspectos de qualidade e saúde da lavoura, pois, a poda proporciona a reposição de nutrientes da planta que é percebida ao observar as folhas, ramos, os troncos, e no resultado de uma floração maravilhosa. A produtividade daquele que se atenta aos pequenos detalhes da lavoura é clara, além de qualidade gera economia e satisfação.
COMO UM SISTEMA DE GESTÃO FACILITA A VIDA DO CAFEICULTOR
Cada etapa para garantir a fertilidade da lavoura deve ser bem planejada e não pode simplesmente ser feita por “achismos”, assim, é necessário um sistema de gestão de fazenda que concentre todas as informações.
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