Na jornada do café, você vai acompanhar todas as etapas, desde o plantio do café até a comercialização. O mercado do café se revela uma ótima oportunidade no agronegócio, o Brasil é o maior produtor e exportador de café e o segundo maior consumidor após os EUA.
Em meio a todos os problemas recentes enfrentados pelo país no que tange uma crise econômica e uma pandemia global administrar a fazenda, colher bons frutos e ter lucratividade é um desafio cada vez maior. Pensando nisso, você deve se preparar para os atuais preços do café e saber qual o preço da sua saca.
A alta produtividade na lavoura do café é fruto de anos de trabalho, consequentemente, cada detalhe pode fazer a diferença no resultado final! Desde antes do plantio, na escolha e análise da área, até a gestão da lavoura é importante que se tenha tudo bem planejado para alcançar seus objetivos.
Continue a leitura e veja como escolher a área, espaçamento certo, melhor cultivar e outras orientações para obter sucesso em sua lavoura.
PLANTIO DO CAFÉ: A IMPORTÂNCIA DE UM PLANEJAMENTO BEM FEITO
O planejamento faz parte da administração da fazenda e consiste em tomar decisões e programar ações sobre: que, por que, quando, quanto, como e onde fazer.
Um planejamento agrícola bem feito pode garantir o sucesso de sua lavoura, desde o plantio do café até a comercialização.
O café é uma cultura perene, a fase inicial de escolha sobre onde plantar influenciará durante um longo período, pois, a lavoura dura cerca de 20 a 30 anos. Assim, para garantir alta produtividade na lavoura é importante estudar a área para implantação da lavoura cafeeira.
Analise parâmetros que visem atender uma proposta, antes de tudo, econômica e que mantenha as condições de equilíbrio do sistema como, temperatura, precipitação, ventos, umidade relativa e solo.
Depois desses parâmetros bem avaliados com seus técnicos o próximo parâmetro a ser planejado é o espaçamento para o cafeeiro, que deve ser respeitado o mínimo de espaço exigido para o trânsito das máquinas que irão trabalhar na área.
Ainda nesta etapa deve ser estudado e escolhido qual a cultivar mais indicada para área escolhida.
Existe mais de uma centena de cultivares registradas no Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, cada uma reunindo uma série de características desejáveis, proporcionando, no ato do planejamento, um leque de opções, que vão ao encontro dos objetivos do empreendimento.
Atualmente, a maioria do parque cafeeiro nacional é composta por Catuaí e Mundo Novo, que são ainda muito competitivos e produtivos.
CORREÇÃO DO SOLO E ATIVIDADES PARA IMPLANTAÇÃO DA LAVOURA
Após a escolha da área e da cultivar, outro item fundamental que merece destaque, pois vai influenciar na produtividade da lavoura é o preparo do solo para a implantação do cafezal.
A análise de solo é a principal ferramenta para diagnosticar as condições de fertilidade da terra e determinar a quantidade de adubo a ser aplicada para deixá-la mais produtiva. Siga corretamente a orientação do técnico responsável em relação a quantidade, local e época da análise.
A análise e correção do solo influencia diretamente na alta produtividade. Para plantio do café deve ser realizada essa análise pelo menos até a camada de 40 a 60 cm.
A correção do solo consiste em práticas que visam dar melhores condições de desenvolvimento ao sistema radicular das plantas. Primeiramente tornando-o menos denso e possibilitando melhor infiltração e armazenamento de água, além de diminuir a erosão. As práticas indicadas para a implantação de lavoura cafeeira são:
Aração: realizada na maior profundidade possível, obedecendo sempre o sentido do nível do terreno.
Gradagem: realizada com o solo ligeiramente úmido, para evitar a pulverização da camada superficial que, se ocorrer dificulta a infiltração da água.
Sulcamento/coveamento: facilita a operação de coveamento. A distância entre um sulco e outro deve coincidir com o espaçamento entre linhas, desejado pelo produtor.
Subsolagem: é uma prática importante para quebrar as estruturas compactadas do solo e facilitar o crescimento radicular em profundidade.
Outras técnicas de manejo do solo para receber o plantio do café podem ser, se necessário:
Calagem: contribui para correção do pH do solo, fornece cálcio e magnésio às plantas. Além disso, proporciona melhoria na disponibilidade da maioria dos nutrientes necessários ao desenvolvimento do cafeeiro.
Gessagem: não é considerado corretivo de solo, o gesso tem a propriedade de penetrar no solo, promovendo ali a melhoria do ambiente radicular.
NUTRIÇÃO DAS PLANTAS: CUIDANDO DO SISTEMA RADICULAR DA PLANTA
A nutrição via solo e foliar são fundamentais para o desenvolvimento radicular da planta. Na cultura do café, a nutrição é parte fundamental do conjunto de fatores que influenciam na produtividade das lavouras.
A nutrição faz toda a diferença, pois, o café tem maior chance de obter a produção máxima dentro das condições que o fator clima possa oferecer.
A nutrição completa do cafeeiro exige quantidade e proporções adequadas de macro e micronutrientes. Caso não aconteça, os processos fisiológicos podem ficar comprometidos e ocorrerão prejuízos quantitativos e qualitativos.
A adubação deve ser realizada após 20 a 30 dias do plantio, quando em condições normais de umidade, a muda apresentará pegamento, ao mesmo tempo em que as raízes terão alcançado o solo além do bloco.
Depois há uma série de tratos a serem efetuados, os quais irão dar prosseguimento a um bom desenvolvimento do cafeeiro. São eles:
Amostragem de solo em lavouras implantadas: os procedimentos devem seguir as recomendações para a implantação da lavoura:
- época da amostragem: cerca de 60 dias após a última adubação;
- profundidade de amostragem: de 0 a 20 centímetros;
- local da amostragem: sob a saia do cafeeiro e fora dos limites da cova ou sulco, para se evitarem resultados “contaminados” pela adubação residual de plantio.
Adubação de 1º e 2° ano pós-plantio: entre o 1º e 2º ano pós-plantio, recomenda se aplicar o nitrogênio e potássio nas dosagens sugeridas pelo técnico durante o período chuvoso. Os fertilizantes devem ser aplicados na superfície do solo, espalhados sob a “saia” do cafeeiro, região onde está a maior parte das raízes absorventes.
A cultura cafeeira por ser perene, tem alto custo de implantação, devendo produzir colheitas satisfatórias por muitos anos. A não adoção de alguma prática, pode levar à má formação das plantas, refletindo em lavouras carentes e improdutivas.
QUAIS SÃO OS TRATOS CULTURAIS RECOMEDADOS NA LAVOURA DE CAFÉ
A alta produtividade na lavoura cafeeira e a busca pela quantidade de sacas por hectare são os maiores desejos dos cafeicultores. Mas, para alcançar esses objetivos são necessários valorizar cada atividade envolvida.
Uma lavoura de café recém-implantada demanda uma série de cuidados, que, embora simples e de fácil execução, são indispensáveis para promover a continuidade do desenvolvimento. Deste modo, deve ser realizados em tempo hábil.
Dentre os tratos culturais recomendados, destacam-se desbrotas, manejo do mato, manejo de pragas e doenças e manutenção das estradas, carreadores, cordões e caixas de retenção.
Desbrotas: tem por finalidades eliminar os ramos indesejáveis (“ramos ladrões”).
Manejo do mato: é uma capina sistemática para manter limpa a linha de plantio. Traz vantagens como, menor incidência de pragas, melhor conservação do solo, além de um ambiente mais equilibrado. Além disso, favorece a produtividade e reduz o custo de produção.
Proteção da cultura: para evitar que as plantas sofram com pragas ou doenças é fundamental protegê-la. A melhor forma de proteção é através do uso de fungicidas e inseticidas, que mantém as plantas protegidas contra os ataques.
Manejo integrado de pragas e doenças: consiste na interação de uma série de práticas que o cafeicultor poderá adotar, após a implantação da lavoura e uma integração dos manejos cultural, biológico e químico.
Para conseguir a tão sonhada produtividade não basta apenas boas intenções, é necessário trabalho e persistência.
COMO UM SISTEMA DE GESTÃO FACILITA A VIDA DO CAFEICULTOR
Saber como administrar a sua empresa rural é o segredo para atingir melhores resultados. Contar com um sistema para gerir a fazenda é ter a ferramenta mais completa, que gerencia todas as operações desde o plantio do café até a comercialização.
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